Declínio funcional cognitivo e hospitalização no idoso
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O processo de envelhecimento é caracterizado pela presença de défices cognitivos que devem ser avaliados pormenorizadamente para compreender a sua gravidade e prevenir, impedindo a sua evolução para quadros mais graves e patológicos como a demência. A hospitalização contribui para uma maior debilidade/fragilidade do idoso, sendo considerada de grande risco para o declínio da aptidão física e da função cognitiva.
Com o objectivo de perceber em que medida o declínio funcional cognitivo se acentua durante a hospitalização em doentes idosos e evidenciar a necessidade de cuidados especializados de Enfermagem de Reabilitação, desenhou-se um estudo exploratório, descritivo e correlacional. Utilizaram-se como instrumentos de avaliação a Medida de Independência Funcional e o Mini Mental State Examination.
Foram avaliados em dois momentos, admissão e alta, 51 idosos (75,53±7,16 anos) internados num serviço de Medicina Interna, 53% dos quais eram mulheres.
Para as medidas em análise (MIF, MIF subescala cognitiva e MMSE) foram encontradas diferenças estatisticamente significativas no sentido da diminuição das pontuações da admissão para a alta. Encontraram-se ainda correlações negativas em ambos os momentos entre a idade e a duração do internamento e as pontuações obtidas em todas as medidas. À exceção da MIF subescala cognitiva na admissão, todos os idosos residentes em casa própria ou de familiares obtiveram melhores resultados que os institucionalizados em todas as medidas e ambos os momentos de avaliação.
Existem múltiplos factores de risco associados ao declínio funcional cognitivo nos idosos durante a hospitalização que podem ser minimizados ou evitados através de programas de Enfermagem de Reabilitação.