O cancro da mama é considerado uma doença da civilização atual, sendo o tumor
maligno que mais afeta a mulher, com cerca de 6000 novos de casos e
1600 mortes por ano em Portugal, sendo a principal causa de morte precoce
(antes dos 70 anos) nas mulheres. Devido à sua elevada incidência e mortalidade, faz
parte das doenças que mais medo e preocupações causam nas mulheres. A realização de
rastreios possibilita uma deteção e tratamento cada vez mais precoces, permitindo dessa
forma a sobrevivência mais longa. No entanto, quer o diagnóstico como o seu tratamento
são contextos muito problemáticos e de difícil aceitação para a mulher, sendo importante
compreender que a experiência de adoecimento é permeada de valores e significados
subjetivos. Por essa razão, há mais de duas décadas que se tem vindo a verificar uma
maior atenção, por parte da comunidade científica, aos aspetos psicológicos da mulher
afetada pelo cancro da mama