Ensaios de fertilização do castanheiro
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Visão geral
resumo
O castanheiro é uma das culturas do momento no Norte de Portugal. Por um lado, tem
havido grande entusiasmo com os preços da castanha, por outro, velhos e novos problemas
sanitários ameaçam a cultura. O aumento do interesse pela cultura tem levado os agricultores
aos laboratórios na procura de respostas para uma adequada fertilização. Acontece que a
informação de que os laboratórios dispõem sobre nutrição mineral e fertilização do
castanheiro não é abundante, ainda que importantes trabalhos portugueses sobre o tópico
tenham sido publicados nos últimos anos. Por exemplo, o castanheiro é uma planta
aparentemente bem adaptada a zonas de altitude, beneficiando de um verão mais curto e
precipitação mais abundante comparativamente com as zonas de menor altitude. Nestas
regiões dominam amplamente solos de elevada acidez. A primeira questão que se coloca é a
seguinte: são os castanheiros plantas bem adaptadas a solos ácidos (onde sempre foram
cultivados) ou respondem à aplicação de corretivos alcalinizantes? Ou ainda: sendo os
castanheiros árvores enormes (incluindo os sistemas radiculares), que estabelecem relações
simbióticas com fungos micorrízicos que podem facilitar a absorção de alguns nutrientes, etc.,
que fertilização NPK (e outros nutrientes) deve ser recomendada?
Para melhorar a capacidade de resposta a estas e outras questões, foi instalado um
ensaio base de fertilização do castanheiro na região de Bragança. Foram constituídos seis
talhões de 30 plantas úteis, designadamente: 1) todos os nutrientes (N, P, K, B) com calcário;
2) todos os nutrientes sem calcário; 3} todos os nutrientes sem N; 4) todos os nutrientes sem
P; 5) todos os nutrientes sem K; e 6} todos os nutrientes sem B. No primeiro ano aplicaram-se
2000 kg de um calcário comercial, 200 kg/ha de P (PzOs) e de K (KzO), 60 kg/ha de N e 2 kg/ha
de B. O ensaio foi instalado em 6 de junho de 2013 usando plântulas de castanheiro recémgerminadas.
No repouso vegetativo, em março de 2014, mediu-se a altura das plantas. Em
maio de 2014, após a rebentação, estimou-se o teor de clorofila nas folhas com o aparelho
portátil SPAD-502 e um índice de vegetação (NDVI) usando um espectrorradiómetro portátil.
Estas avaliações preliminares não identificaram diferenças significativas entre
tratamentos nos parâmetros analisados, provavelmente devido à fertilidade inicial do solo
capaz de suportar estes primeiros meses de crescimento das plantas.