Consumo de substâncias psicoactivas em estudantes do ensino superior do distrito de Bragança: a influência dos factores psicossociais e do desenvolvimento da autonomia Thesis uri icon

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  • Neste trabalho pesquisámos as condutas de consumo de substâncias psicoactivas em estudantes do ensino superior do distrito de Bragança, a influência dos factores psicossociais e da variável desenvolvimento da autonomia. No estudo, os padrões de consumo foram avaliados a partir do Questionário de Uso de Drogas em Estudantes recomendado pela Organização Mundial da Saúde. Utilizámos a teoria de Arthur W. Chickering sobre o desenvolvimento psicossocial do estudante como modelo de reflexão na tentativa de compreender melhor as variáveis clínicas e a epidemiologia dos consumos. Foi construída uma amostra de 450 alunos distribuídos por vários estabelecimentos de ensino superior público e privado do contexto geográfico de pesquisa. De acordo com os resultados podemos concluir: Os alunos da amostra embriagaram-se em média 3,48 vezes. A média do número de bebedeiras variou conforme o sexo e o padrão de consumo de álcool, estando também relacionada com as idades das primeiras experiências de consumo de álcool. O consumo de medicamentos para ajudar nos estudos relaciona-se com o consumo de sedativos usados sem receita médica. 24,2% dos alunos têm experiências de consumo de uma droga ilícita e 6,2% têm experiências de consumo para duas ou mais drogas ilícitas. Quanto mais elevado o nível de perigosidade atribuído às diferentes drogas menor o padrão de consumo das mesmas drogas. Existe relação entre a percepção de ser compreendido pelos pais e os consumos ilícitos. O factor "compreensão dos pais" e o acontecimento "consumos ilícitos" não são independentes. Há diferenças de médias estatisticamente significativas entre o grupo de não consumidores e consumidores de drogas ilícitas para as dimensões “independência emocional e interdependência com os colegas”, “gestão do tempo”, “reciprocidade das relações com os pais e colegas e responsabilidade social” e “autonomia global”.

publication date

  • January 1, 2002