Os processos de erosão hídrica associados aos ravinamento podem traduzir-se em prejuízos agrícolas, perda da capacidade produtiva dos solos sendo um dos fenómenos limitantes à ocupação do território e ao desenvolvimento rural, por redução do espaço agrícola útil. Vários estudos têm demonstrado que a produção de sedimentos associados aos ravinamentos deverá implicar uma maior atenção, em especial nas regiões subhúmidas e semiáridas dos países Mediterrâneos. A formação de ravinas, além das características climáticas, relaciona-se com outros fatores físicos, tais como o declive, propriedades físicas, químicas e mineralógicas dos solos, presença de material pouco coeso a regularizar as vertentes, como é o caso dos mantos de alteração e depósitos de vertente. O estudo das ravinas do Corgo, Seirós e Folques (Norte e
Centro de Portugal) demonstra ainda a importância da ação antrópica, em particular dos incêndios florestais e construção de estradas, para a mobilização superficial do solo e para a remoção da vegetação remanescente pela erosão hídrica, como fatores fundamentais na génese e evolução de ravinas.