Efeitos de diferentes programas de treino sobre a aptidão funcional e composição corporal de mulheres idosas Thesis uri icon

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  • Esta tese teve como principais objectivos: (i) Avaliar a contribuição relativa da actividade física (AF) diária objectivamente estimada, na aptidão funcional (ApF), força isocinética e composição corporal (CC) de idosas residentes na comunidade; (ii) Desenvolver um modelo estrutural de análise do medo de cair relacionando a força muscular, equilíbrio e densidade mineral óssea em idosas independentes; (iii) Examinar os efeitos de 8 meses de três diferentes protocolos de treino (resistência de força [GR], potência de força [GP] e multicomponente [GM]) na ApF, CC e na força isocinética dos músculos isquiotibiais e quadríceps em mulheres idosas independentes. Material e Métodos: Esta tese foi dividida em quatro estudos distintos. A amostra inicial foi constituída por 80 idosas voluntárias (67,69 ± 5,30 anos) que foram avaliadas nas seguintes variáveis: índice de massa corporal (IMC), composição corporal (DXA - avaliação e quantificação da massa magra corporal total - MM [kg]; a percentagem de massa gorda - %MG [%] e a massa gorda corporal total - MGT [kg]; a Densidade mineral óssea - DMO [T-Scores]; força isocinética dos músculos extensores e flexores do joelho (Biodex); a ApF geral (FFT (Rikli & Jones, 2001)); o medo de cair (“Falls Efficacy Scale”), Equilíbrio estático (SAPo) e a AF (acelerómetros). Resultados: No Estudo I,verificou-se que as idosas mais activas (3º tercil de AF) apresentou um IMC (p=0,014) e %MG (p=0,029) significativamente mais baixo do que as razoavelmente activas (2º tercil) e um índice de força de flexão do joelho a 180º/ seg na perna dominante (p=0,051) e na perna não dominante (p=0,020) significativamente superior ao grupo das menos activas (1º tercil) . Na ApF, não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas entre os grupos. No Estudo II, o modelo estrutural de análise do medo de cair, utilizando a modelagem de equações estruturais, dá uma previsão de 34% de influência no medo de cair. No Estudo III não foi revelado efeito significativo na intercepção tempo x grupo nas variáveis da CC, revelando, contudo, efeito significativo na intercepção tempo x grupo nos testes: de força do membro superior no GC (-3,12%; p=0,028), GM (4,42%; p=0,001) e GP (3,99%; p=0,002) e inferior no GM (23,75%; p<0,001), GP (15,99%; p=0,003); e RG (19,94%; p=0,002); resistência aeróbia só no GM (p<0,001; 25,41%); de flexibilidade do membro superior GM (4,25%; p=0,005), GP (4,43%; p=0,008) e RG (4,42%; p=0,007) e inferior no GM (2,89%; p=0,045) e GP (3,57%; p=0,006). Por fim, no Estudo IV, revelou efeito positivo significativo na interacção tempo x grupo apenas no GP a 180º/seg e 60º/seg na flexão do joelho do membro dominante (25,1%; p=0,5 e 18,49%; p=0,004, respectivamente) e não dominante (15,75%; p<0,046 e 11,79%; p=0,041, respectivamente). Pelo contrário, o GC apresentou efeito negativo significativo na interacção tempo x grupo a 180º/seg e 60º/seg na extensão do joelho do membro dominante (13,72%; p=0,008 e 14,43%; p=0,001, respectivamente) e não dominante (12,86%; p=0,003 e 15,78%; p=0,001, respectivamente). Conclusão. Os resultados sugerem que: i) As idosas mais activas apresentam menores valores de IMC e de %MG, não sendo no entanto observadas diferenças em termos de MM, MGT e de ApF geral nos tercis de AF, apresentando também índices de força isocinética superiores às menos activas com particular evidência no movimento de flexão do joelho que é possivelmente aquele menos solicitado no dia-a-dia; ii) O modelo estrutural de análise do medo de cair baseado em variáveis de DMO, força muscular e equilíbrio dinâmico e estático, de acordo com as relações sugeridas, parece ser satisfatório para explicar o medo de cair em idosas independentes; ii) Apesar de não induzir alterações significativas na CC, um período de 8 meses de treino (GM, GP, GR) induziu, em termos globais, ganhos significativos na ApF de mulheres idosas. Assim, independentemente do tipo de treino, as idosas devem procurar programas de EF a fim de melhorar o seu desempenho funcional; iiii) Os nossos resultados fornecem dados que demonstram que o treino de potência de força (GP) parece ser o treino mais eficaz para aumentar a força isocinética após 8 meses de treino, 3 vezes por semana.
  • O candidato realizou esta tese de doutoramento com uma bolsa da Fundação para a Ciência e Tecnologia Portuguesa (SFRH/BD/31313/2006). Este trabalho foi realizado no âmbito do Projecto PTDC/DES/108780/2008 - FCOMP-01-0124-FEDER-009606 - FACTORES DE RISCO PARA SAÚDE CARDIOVASCULAR, APTIDÃO FÍSICA FUNCIONAL E QUALIDADE DE VIDA RELACIONADA À SAÚDE EM IDOSOS: INTERRELAÇÕES E INFLUÊNCIAS DO TREINO, tendo sido desenvolvido no Centro de Investigação em Actividade Física, Saúde e Lazer (CIAFEL) da Faculdade de Desporto da Universidade do Porto. A Faculdade de Desporto da Universidade do Porto cedeu as instalações e o suporte logístico.
  • Objective: This thesis aimed to: (i) evaluate the relative contribution of daily physical activity (PA) objectively estimated in functional fitness (FF), isokinetic strength and body composition (BC) in community-dwelling elderly women; (ii) develop a structural model analysis of fear of falling related to muscle strength, balance and bone mineral density parameters ; (iii) examine the effects of 8 months of three different training protocols (resistance strength [RG], power strength [PG] and multicomponent [MG]) in PF, BC and in quadriceps and hamstring isokinetic muscle strength of independent elderly women. Methods: This thesis was divided into four different studies The initial sample consisted of 80 voluntary older (67.69 ± 5.30 yrs) that were evaluated in the following variables: body mass index (BMI), body composition (DXA-evaluation and quantification of total lean body mass- LBM [kg]; the percentage of fat mass - % FM [%] and total body fat mass - TBFM [kg]; bone mineral density- DMO [T-Scores]; knee flexors and extensor isokinetic muscle strength (Biodex), FF (FFT (Rikli & Jones, 2001)), fear of falling ("Falls Efficacy Scale"),static balance (SAPo) and PA (accelerometers). Results: In Study I, BMI (p = 0.014) and % FM (p = 0.029) were statistically lowers in the most active group (3rd tertile) compared to the reasonable active group (2nd tertile) and presented statistically superior. knee flexion peak torque at 180 ° / sec on the dominant leg (p = 0.051) and non-dominant leg (p = 0.020) than the less active group (1st tertile). No significant differences between groups were found in FF. In Study II, the structural model analysis of fear of falling, using structural equation modeling, gives a prediction of 34% influence on fear of falling. In Study III, no significant effect on intercept time x group was founded in BC. Nevertheless, a significant effect on intercept time x group in upper body flexibility in CG (-3,12%; p=0,028), MG (4,42%; p=0,001) e PG (3,99%; p=0,002 and lower body flexibility MG (23,75%; p<0,001), PG (15,99%; p=0,003); e RG (19,94%; p=0,002); aerobic endurance in MG (p<0,001; 25,41%); upper body strength in MG (4,25%; p=0,005), PG (4,43%; p=0,008) e RG (4,42%; p=0,007) and lower body strength in MG (2,89%; p=0,045) e PG (3,57%; p=0,006) was found. Study IV, revealed a significant positive effect on the interaction time x group only in the PG at 180 °/ sec and 60 °/ sec on knee flexion in the dominant (25.1%, p = 0.5 and 18.49%, p = 0.004, respectively) and non-dominant (15.75%, p <0.046 and 11.79%, p = 0.041, respectively). In contrast, CG had significant negative effect on the interaction time x group at 180 °/ sec and 60 °/ sec on knee extension of the dominant (13.72%, p = 0.008 and 14.43%, p = 0.001, respectively) and non-dominant limb (12.86%, p = 0.003 and 15.78%, p = 0.001, respectively). Conclusion: The results suggest that: (i)) the more active elderly women have smaller BMI and% FM, as well as higher levels of isokinetic strength with special emphasis on the movement of knee flexion that is possibly the one requested in less day-to-day, not presenting however differences in terms of LBM, TBFM and FF in relation to others PA tertiles, ; ii) the structural model of fear falling analysis based on variables of DMO, muscular strength and static and dynamic balance, according to relations suggested, seems to be satisfactory to explain the fear of falling in independent elderly women; ii) 8 months training programs (MG, PG and RG) did not induce significant changes to body composition, inducing however, major changes in terms of functional fitness in elderly women, suggesting that, independently of type of training, independent community-dwelling elderly women should pursue appropriate exercise programs in order to improve their functional performance; iii) our findings suggest that muscle power training seems to be the most effective for increasing isokinetic strength in older independent women

publication date

  • January 1, 2012