On India de John Stuart Mill: barbárie versus civilização e a política de não intervenção
Conference Paper
Overview
Research
Additional Document Info
View All
Overview
abstract
A defender of free-trade and an opponent of monopoly, John Stuart Mill advocated direct rule by the British in India and intended, like his father, to promote good and useful government. In his belief, the Indian native states needed someone who could guide them towards civilization. However, by the mid 1840s, Mill changed to a more moderate position. He thus defended non-intervention and indirect rule by the British in India.
This paper’s main aim is therefore to assess Mill’s views on Indian society and on the nature and progress of British rule in India. Furthermore, we intend to highlight some contradictions on Mill’s defence of liberty in India and of his political ideas namely his liberal imperialism. John Stuart Mill (1806-1873) afigura-se um dos representantes máximos do
liberalismo e um dos pensadores mais influentes do século XIX. Defendendo uma
perspectiva política liberal da sociedade e assumindo-se como um utilitarista (Mill,
Autobiography 181), Mill acreditava na importância fundamental da liberdade
individual para o alcance da felicidade de cada um e para o progresso do conhecimento
humano. Mill guiava-se igualmente por um espírito empirista, influenciado por Locke
(1632-1704) e Hume (1711-1776), na prossecução da descoberta das verdades (Mill
Autobiography 233). Contudo, distanciava-se do racionalismo calculista e desprovido
de emoções em que o pai, James Mill (1773-1836), o educara. Todavia, deve ao pai o
facto de lhe ter incutido valores morais como a justiça, a moderação, a perseverança, a
preocupação com o bem público (Mill, Autobiography 49), que iriam guiá-lo ao longo
da sua vida. Além disso, a possibilidade ilimitada do progresso da condição intelectual e
moral da humanidade através da educação constitui talvez a doutrina mais importante
herdada de seu pai e que Mill aplicou sempre nas suas teorias políticas e filosóficas
(Mill, Autobiography 111).