Idosos agricultores em Trás-os-Montes: modos de vida, razões de permanência em meio rural
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Alto Patrocínio da Presidência da República; Governo Civil de Vila Real; Governo Civil de Bragança; Fundação para a Ciência e a Tecnologia;ICN - Instituto da Conservação da Natureza;Instituto Nacional de Investigação Agrária; Instituto de Hidráulica, Eng. Rural e Ambiente; Gabinete de Planeamento e Política Agro-Alimentar; Delegação Regional da Cultura do Norte;Região de Turismo do Nordeste Transmontano;PPART;Carefour Bragança; Arquivo Distrital de Vila Real; Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro
O processo de industrialização, acarretando um êxodo massivo, despovoou as
sociedades rurais e, mesmo nos países em que a reestruturação e modernização do
sector agrícola ocorreu, questões como a sucessão, ou melhor a ausência desta, nas
explorações agrícolas estão cada vez mais na ordem do dia. Para além deste
despovoamento, há um envelhecimento da população, sobretudo nas zonas mais
deprimidas do ponto de vista da dinâmica das actividades, e com particular incidência
na população activa do sector agrícola.
Em Portugal as zonas do interior estão sem dúvida entre estas. Em Trás-os-
Montes os indivíduos com mais de 65 anos representavam 11% da população em
1981, aumentando para 16% em 1991. As projecções demográficas apontam para o
reforço desta tendência: aquele indicador rondará os 21% em 20101.
A actividade agrícola permanece a principal ocupação da maior parte da
população idosa em Trás-os-Montes. Os produtores com mais de 55 anos
representavam 59% do total em 1989 e, dez anos, passados são já 64,3%.