Resíduos de Desflurano e Sevoflurano em bloco operatório de uma Unidade Hospitalar Conference Paper uri icon

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  • Fundação para Ciência e Tecnologia (FCT, Portugal) e FEDER ao abrigo do Programa PT2020 pelo apoio financeiro ao CIMO [UID/AGR/00690/2019]
  • Os resíduos de gases anestésicos podem causar diversas doenças nos seres humanos, quer devido a exposições a elevadas concentrações de curto termo ou a exposições a concentrações mais baixas, mas por períodos de tempos mais longos. A NIOSH (National Institute for Occupational Safety and Health) estabelece o valor de 2 ppm para gases anestésicos halogenados, para um período de exposição de 1 hora. Neste âmbito, o objetivo deste trabalho foi avaliar a qualidade do ar em três locais do bloco operatório (sala de cirurgia geral, sala de recobro, zona de transferência) e no hall de acesso ao bloco operatório, de uma unidade hospitalar do distrito de Bragança. O estudo envolveu a medição dos resíduos de desflurano e sevoflurano, bem como de dióxido de carbono, humidade relativa e temperatura do ar em diferentes pontos de cada um dos espaços referidos. Os gases anestésicos e o dióxido de carbono foram medidos com o analisador Gasera One Pulse, cujo princípio de medição assenta na espectroscopia fotoacústica de infravermelho. A humidade relativa e a temperatura do ar foram monitoradas com uma sonda IQ610 da Graywolf Sense Solutions e com um sensor lowcost construído e calibrado para o efeito. Os resultados revelam a existência de uma gestão relativamente eficaz dos resíduos destes gases, ainda que na sala de recobro tenham sido detetadas excedências aos níveis definidos pela NIOSH, para ambos os gases estudados. Além de no recobro ocorrer a libertação de parte dos resíduos inalados pelo paciente durante a anestesia, a ventilação parece não ser tão eficaz como na sala de cirurgia. A zona de transferência e o hall de entrada não foram, todavia, afetados pelos níveis registados na sala de recobro.

publication date

  • January 1, 2019