Ensinar a aprender: a corresponsabilização da escola-família na autorregulação das aprendizagens
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O apelo à autoaprendizagem, ao desenvolvimento de capacidades de autorregulação da aprendizagem
são uma exigência da sociedade informacional e um paradigma da educação atual. A autorregulação
envolve a necessária correlação entre motivação e cognição, enraizando-se numa dimensão sociocognitiva.
A aprendizagem autorregulada é um processo ativo e construtivo, no qual o pensamento, a
motivação e o comportamento são orientados para a concretização de objetivos de aprendizagem
(‘learning outcomes’) e fortemente condicionados pelos contextos envolventes. Apesar do forte investimento
epistémico nesta matéria, a sua consolidação tem-se prendido com mudanças/ adaptações
verticais da “cúpula para a base”, ou seja, reorganizaram-se os níveis de estudos; os currículos e
adotam-se novas nomenclaturas, tais como: ciclos de estudo; tempo total de trabalho; estudo autónomo
entre outras. Esquece-se porém que a autonomia não é conatural ao ser humano, pois requer
aprendizagem e maturação. Aprender a aprender deve ser encarado como um continuum educativo,
para o qual contribuem naturalmente todos os agentes de socialização, particularmente a escola e a
família. A necessidade de intervenção destes agentes educativos no apoio à monitorização e regulação
das aprendizagens é salientada pelos próprios alunos, nas narrativas e testemunhos que elegemos para
uma abordagem qualitativa, onde alunos do 1.º e 2.º Ciclos do Ensino Básico verbalizam a importância
do envolvimento parental na consolidação das suas aprendizagens, contribuindo desta forma
para o sucesso educativo. Apresentam-se algumas experiências realizadas em contexto educativo para
promoção da autorregulação de aprendizagens, tais como oficinas de formação dirigidas a alunos do
Ensino Básico e seminários destinados a Encarregados de Educação com o intuito de refletir sobre a
importância do envolvimento parental positivo na autorregulação das aprendizagens. Nesta medida,
torna-se premente cimentar a relação entre a escola e a família, de modo a que ambas se corresponsabilizem
pelo desenvolvimento nas crianças e jovens da autonomia nas aprendizagens, transformando-os
em alunos felizes e autoconfiantes nas suas capacidades e contribuindo desta forma para a criação de
autoconceitos académicos positivos