Caracterização fenólica de extractos tanínicos de casca de Pinus pinaster
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resumo
Os Taninos são compostos polifenólicos naturais, divididos normalmente em dois grandes grupos, não relacionados estruturalmente entre si: Taninos Hidrolizáveis e Taninos Condensados (ou Proantocianidinas). A principal característica destes compostos consiste na sua capacidade de complexarem e precipitarem proteínas. Podem igualmente condensar com formaldeído ou mesmo autocondensar, sem a presença de qualquer agente reticulante externo. Desse modo, são potenciais intervenientes na síntese de adesivos sem recurso ao uso de aldeídos. Os taninos condensados são bastante comuns e apresentam teores razoáveis em vários tecidos vegetais
de uma variedade considerável de espécies. Estes compostos são polímeros ou oligómeros complexos, de unidades f1avanóides, nomeadamente flavan-3-óis e f1avan-3,4-dióis, que podem ser isolados em quantidades significativas da casca de algumas espécies de árvore, entre as quais, as do género Pinus. Pinus pinaster (ou
Pinheiro Marítimo ou Bravo) é a principal espécie florestal em Portugal, e a sua casca é especialmente rica em taninos condensados (procianidinas e, com teores inferiores, prodelfinidinas). Portanto, a casca de Pinus pinaster pode-se constituir como uma fonte viável de compostos polifenólicos naturais, e pode ser utilizada com sucesso na substituição total ou parcial de fenol ou resorcinol em resinas sintéticas convencionais para a indústria de
aglomerados de madeira. O objectivo deste trabalho consiste na caracterização dos compostos fenólicos presentes em extractos comerciais de diversas origens e em extractos de Pinheiro obtidos com diferentes tipos de solventes alcalinos através da conjugação de várias técnicas de análise, nomeadamente TLC e colorimetria.