Consumo tabágico, uma problemática de saúde pública
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O tabagismo é a primeira causa isolada de doença e uma das principais causas de mortalidade
prematura em todo o mundo. Morrem anualmente cerca de 6 milhões de pessoas por doenças
relacionadas com o tabaco, valor que poderá ascender aos 10 milhões em 2030 se não forem
instituídas medidas de prevenção efetivas (WHO 2011). O presente trabalho debruça-se sobre
a área do consumo tabágico, intervindo assim num dos mais graves problemas da saúde
pública moderna. Procuramos conhecer qual o consumo tabágico na população com idade
igual ou superior a 18 anos do concelho de Macedo de Cavaleiros. Definimos como objetivos
principais: identificar a prevalência tabágica e relacionar o consumo tabágico com as variáveis
clínicas. Face aos objetivos delineados optamos por um estudo descritivo, transversal, epidemiológico
e com abordagem quantitativa. A nossa amostra é composta por 900 indivíduos
(6,3% da população), selecionados por processo de amostragem não probabilística por quotas,
representativos da distribuição etária e geográfica da população. Para a colheita de dados utilizamos
o formulário, aplicado pelos investigadores. Como principais resultados, destacamos
a acentuada prevalência tabágica no concelho (29,9%), com índices alarmantes de consumo
nos jovens (55% dos indivíduos da classe etária 18-25 anos) e nas mulheres (20%). Verificamos
que os fumadores têm uma incidência de patologias em frequências superiores às observadas
nos não fumadores das mesmas classes etárias. Face ao exposto, a intervenção no tabagismo
é uma área de fulcral interesse, estando os cuidados de saúde primários e a saúde pública
numa situação privilegiada para apoiar a cessação em todos os fumadores e para intervir na
prevenção do consumo tabágico (Diário da República 2005; Health and Consumer Protection
2007; Nunes et al. 2007; WHO 2008).