Um modelo conceptual baseado em cooperação e realidades alternativas no contexto do património arqueológico
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O património é um recurso civilizacional que a humanidade deve ser capaz de perpetuar.
Neste contexto, os mecanismos para a sua preservação, mas também de interpretação,
demonstram-se fundamentais. Nos últimos anos as Tecnologias da Informação têm desempenhado um papel fundamental para este desiderato. Em especial, têm sido capazes
de divulgarem, recriarem, tornarem acessível e, em última instância, democratizar o acesso ao património e a sua adequada interpretação, pelos diferentes perfis de cidadãos. No conjunto de tecnologias usadas, o uso de tecnologias de Realidade Virtual, Aumentada
e Mista, têm permitido o desenvolvimento de soluções de digitalização de espaços existentes ou extintos, soluções de interpretação e educação para o património, preservação
através da visita digital e não física, reconstrução arqueológica digital, entre outras. Contudo, o uso destas tecnologias, de forma mais massiva, depende da capacidade de criar
mecanismos ágeis de produção, integração e divulgação de conteúdos. Neste contexto, o
desenvolvimento de modelos e arquiteturas tecnológicas baseadas em redes cooperativas serão fundamentais para uma verdadeira utilização de todo o potencial que estas tecnologias encerram. Interligar a componente tecnológica, o saber cultural e arqueológico e os cidadãos, será um desafio.
Este trabalho, após uma revisão do estado da arte das tecnologias elencadas e da forma
como estas poderão contribuir para o património cultural e arqueológico, propõe um modelo concetual baseado em redes de cooperação multidisciplinares, capaz de alavancar
a criação, validação técnica e disponibilização de conteúdos digitais que recriem, promovam e eduquem os cidadãos para o património, em especial o arqueológico.
