Mortalidade por cancro pediátrico: a realidade em Portugal
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O cancro pediátrico (CP) exige especial atenção dos
profissionais de saúde e decisores políticos pelo sofrimento que
acarreta e pelos recursos de saúde que absorve. O objetivo deste
estudo foi quantificar a mortalidade por cancro pediátrico, observada
em Portugal (PT), e nas Regiões Norte (RN) e Trás-os-Montes e Alto
Douro (RTAD), nos últimos 15 anos. Metodologia: Do INE obtiveramse valores de óbitos totais e por CP, por idade (0-4; 5-9 e 10-14 anos)
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e tipo de cancro, e respetiva população, entre 2005 e 2019, a nível
nacional e regional. Os valores da taxa de mortalidade por 100.000
(TM) e da proporção de mortalidade (PM) foram calculadas para o
período em estudo. Resultados: Os valores da TM foram 2,0, 1,8 e 1,7
e da PM foram 6,4%, 6,4% e 6,7% em PT, RN e RTAD, respetivamente.
Embora sem diferenças entre grupos etários para a TM, a PM é
superior no grupo 5-9 anos, correspondendo a 20% dos óbitos nesta
faixa etária, mas a menos de 5% nos mais jovens e cerca de 10% nos
mais velhos. Do total de óbitos por CP, os tumores sólidos
representaram entre 54% e 64%, dependendo da área geográfica. A
nível nacional, de todos os óbitos por CP (n=473) predominam os
tumores das meninges e encéfalo (43%) e as leucemias (39%).
Especificamente na RTAD foram reportadas 11 mortes por CP nos 15
anos em estudo, também com predomínio dos tumores das meninges
e encéfalo (n=6; 55%). Os 4 óbitos por tumores hematológicos foram
classificados em igual número (n=2;18%) como linfomas e leucemias
linfoides. Conclusão: Os óbitos por CP embora em número baixo são
responsáveis por 6% da mortalidade dos 0-14 anos. Especial atenção
deve ser dada ao diagnóstico precoce, particularmente dos tumores
das meninges e encéfalo, pela sua predominância.