O uso de jogos nas aulas: perceções de alunos e professores Conference Paper uri icon

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  • Com esta comunicação pretende-se dar a conhecer e refletir sobre aspetos do trabalho desenvolvido durante o estágio profissional concretizado pela primeira autora, no âmbito do Mestrado em ensino do 1.º ciclo do ensino básico (CEB) e de Matemática e Ciências Naturais no 2.º CEB. O estudo que se apresenta é um reflexo da ação educativa realizada na prática de ensino supervisionada (PES), em duas instituições públicas do distrito de Bragança no ano letivo de 2018-2019, em que foi dado um especial realce ao jogo e ao seu papel no processo de ensino e aprendizagem. De facto, o recurso ao jogo pode constituir uma estratégia significativa para o trabalho na sala de aula, em que os alunos podem aprender a jogar uns com os outros ao invés de uns contra os outros, bem como aprender a questionar e a relacionar, ajudando a desenvolver múltiplas competências de diferentes dimensões. O jogo pode, ainda, ser uma alternativa para despertar no aluno a curiosidade e a vontade de aprender. Desta forma, definimos o “jogo” como o tema integrador da nossa intervenção letiva e da componente mais investigativa das práticas de ensino, colocando a questão-problema “Qual(is) o(s) papel(éis) que o jogo desempenha no processo de ensino e aprendizagem?”, concretizada em três objetivos: (i) identificar processos que os alunos seguem na realização dos jogos; (ii) analisar perceções dos alunos sobre a utilização dos jogos na sua aprendizagem; e (iii) analisar perceções dos professores sobre a utilização dos jogos na sala de aula. Nesta comunicação focamo-nos essencialmente nestes dois últimos objetivos. A nível metodológico, o estudo segue uma abordagem de natureza qualitativa com características de investigação-ação e de investigação sobre a própria prática. Os dados relacionados com as perceções foram recolhidos através de inquérito por questionário e por entrevista e analisados recorrendo a aspetos da análise de conteúdo. Os resultados mostram que os participantes (alunos e professores) revelam perceções muito favoráveis à utilização dos jogos em sala de aula. Por um lado, os alunos consideram que os jogos proporcionam ambientes de trabalho mais divertidos e estimulantes e que os ajudam nas aprendizagens a compreender melhor os conteúdos trabalhados e a melhorar as atitudes. Por outro lado, os professores consideram que os jogos podem potenciar as aprendizagens e melhorar as atitudes e os comportamentos, aumentando a motivação e o empenhamento dos seus alunos.
  • Este artigo pretende dar a conhecer e refletir sobre aspetos do trabalho desenvolvido durante o estágio pedagógico concretizado pela primeira autora e orientado pelo segundo autor, no âmbito do Mestrado em ensino do 1.º ciclo do ensino básico (CEB) e de matemática e ciências naturais no 2.º CEB. O estudo que se apresenta é um reflexo da ação educativa realizada na prática de ensino supervisionada (PES), em duas instituições públicas do distrito de Bragança no ano letivo de 2018-2019, em que foi dado um especial realce ao jogo e ao seu papel no processo de ensino e aprendizagem. De facto, o recurso ao jogo pode constituir uma estratégia significativa para o trabalho na sala de aula, em que os alunos podem aprender a jogar uns com os outros ao invés de uns contra os outros, bem como aprender a questionar e a relacionar, ajudando a desenvolver múltiplas competências em diferentes dimensões. O jogo pode, ainda, ser uma alternativa para despertar no aluno a curiosidade e a vontade de aprender. Desta forma, definimos o “jogo” como o tema integrador da nossa intervenção letiva e da componente mais investigativa das práticas de ensino, colocando a questão-problema “Qual o papel que o jogo desempenha no processo de ensino e aprendizagem?”, concretizada em três objetivos: (i) identificar processos que os alunos seguem na realização dos jogos; (ii) analisar perceções dos alunos sobre a utilização dos jogos na sua aprendizagem; e (iii) analisar perceções dos professores sobre a utilização dos jogos na sala de aula. Neste texto focamo-nos essencialmente nestes dois últimos objetivos. A nível metodológico, o estudo segue uma abordagem de natureza qualitativa com características de investigação-ação e de investigação sobre a própria prática. Os dados relacionados com as perceções foram recolhidos através de inquérito por questionário e por entrevista e analisados recorrendo a aspetos da análise de conteúdo. Os resultados mostram que os participantes (alunos e professores) revelam perceções muito favoráveis à utilização dos jogos em sala de aula. Por um lado, os alunos consideram que os jogos proporcionam ambientes de trabalho mais divertidos e estimulantes e que os ajudam nas aprendizagens a compreender melhor os conteúdos trabalhados e a melhorar as atitudes. Por outro lado, os professores consideram que os jogos podem potenciar as aprendizagens e melhorar as atitudes e os comportamentos, aumentando a motivação e o empenhamento dos seus alunos.
  • This paper intends to show and reflect on aspects of the developed work during the pedagogical internship carried out by the first author and guided by the second author, within the scope of the Master in teaching of the 1st cycle of basic education (CBE) and of Mathematics and Natural Sciences in the 2nd CBE. The presented study is a reflection of the educational action carried out in the supervised teaching practice (STP), in two public institutions on the district of Bragança in the academic year 2018-2019, in which a special emphasis was placed on the game and its role in the teaching and the learning process. In fact, the use of the game can constitute a significant strategy for the work in the classroom, in which the students can learn how to play with each other instead of against each other, as well as learn to question and to relate, helping to develop multiple skills in different dimensions. The game can also be an alternative to arouse the student's curiosity and willingness to learn. In this way, we define the “game” as the integrating theme of our teaching intervention and the most investigative component of teaching practices, posing the question-problem “What role does the game play in the teaching and learning process?”, accomplished in three objectives: (i) to identify processes that students follow in the realization of the games; (ii) analyze students' perceptions about the use of the games in their learning; and (iii) analyze teachers' perceptions about the use of the games in the classroom. In this paper, we focused essentially on these last two objectives. At a methodological level, the study follows a qualitative approach with characteristics of action-research and research on the own practice. The data related to the perceptions was collected through a questionnaire and an interview and analyzed using aspects of content analysis. The results show that the participants (students and teachers) reveal very favorable perceptions regarding the use of the games in the classroom. On the one hand, students consider that the games provide more fun and stimulating work environments and that they help them learning to better understand the contents worked on and to improve attitudes. On the other hand, teachers consider that games can enhance learning and improve attitudes and behaviors, increasing the motivation and commitment of their students.

publication date

  • January 1, 2020