Efeitos de barreira comportamental seletiva com estímulos acústicos, luz e bolhas, no salmonídeo: S. trutta e ciprinídeos: P. duriense e L. bocagei Conference Paper uri icon

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  • O desenvolvimento de barreiras comportamentais seletivas e adaptadas às espécies piscícolas autóctones dulçaquícolas constitui uma importante ferramenta na salvaguarda dos fluxos migratórios das espécies potamódromas ameaçadas pela regularização dos cursos de água. Estes sistemas comportamentais podem fornecer condições específicas de orientação dos peixes para zonas de desova ou habitats de substituição, ou exercer efeito repulsivo no seu afastamento das armadilhas hidráulicas impostas por aproveitamentos hidroelétricos. A resposta das espécies dulçaquícolas selecionadas ao estímulo acústico (Sweep-up 2000Hz), estímulos luminosos (Strobe Light – 600 flashes/minuto) e cortina de bolhas, foram testadas em condições de laboratório, quer de forma isolada, quer de forma combinada: acústica/luz/bolhas. Apesar da diferenciação de sensibilidades registadas entre a espécie salmonícola testada: Salmo trutta e as espécies ciprinícolas testadas: Pseudochondrostoma duriense e Luciobarbus bocagei, em relação aos ensaios isolados com estímulos acústicos (maior sensibilidade repulsiva nas espécies ciprinícolas), assim como em relação aos ensaios isolados com estímulos luminosos (maior sensibilidade repulsiva na espécie salmonícola), quando utilizados de forma combinada apresentam sensibilidades repulsivas semelhantes e elevadas. A cortina de bolhas de forma isolada evidenciou sensibilidade repulsiva muito baixa para todas as espécies testadas. Os resultados demonstram o elevado potencial das barreiras comportamentais seletivas para peixes com base em sistemas combinados acústica/luz/bolhas, principalmente em cursos de água Salmo–ciprinícolas.

publication date

  • January 1, 2018