Agricultura urbana em Bragança: dinâmica de nutrientes no solo e nas plantas e contaminação com metais pesados
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Um dos entraves a um progresso mais rápido da agricultura biológica tem sido a
dificuldade em manter a fertilidade do solo e, consequentemente, a produtividade das
culturas em nível adequado, ao que muitas vezes se soma a falta de consciência da
importância deste problema. Neste trabalho apresenta-se uma perspetiva geral de como gerir
a fertilidade do solo em agricultura biológica. Dedica-se especial atenção à matéria orgânica,
um aspeto central em ecologia agrícola mas cuja dinâmica no solo continua a ser mal
entendida pelo setor produtivo e, frequentemente, mal abordada em documentação oficial
sobre o modo de produção biológico, o que pode induzir estratégias de gestão deficientes.
A dinâmica dos nutrientes no solo será também revista neste trabalho, com destaque
para o azoto, cuja disponibilidade para as plantas é a maior dificuldade em manter a
produtividade das culturas em níveis acei~áveis em modo de produção biológico. Faz-se ainda
uma breve apresentação dos principais tipos de fertilizantes que se encontram no mercado
em Portugal autorizados para agricultura biológica, em particular dos fertilizantes orgânicos.
Discute-se o seu valor agronómico e as suas limitações enquanto substâncias fertilizantes,
bem como a melhor forma de utilização. Dá-se ainda uma ampla perspetiva em como
introduzir leguminosas nos sistemas de produção, como forma lógica e racional de
incrementar a fertilidade do solo.