Modelação matemática de epidemias
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Faz-se a recolha dos principais modelos matemáticos utilizados para simular a evolução de epidemias provocadas por doenças contagiosas. Os modelos matemáticos epidemiológicos são criados a partir de observações do fenómeno epidémico e de hipóteses matemáticas relativas à dinâmica da transmissão de in-
feções. Os modelos determinísticos utilizam equações diferenciais ordinárias para modelar o (de)crescimento das populações envolvidas em função dos seus valores iniciais. Este modelos têm origem no modelo predador-presa de Lotka-Volterra.
Uma epidemia é um problema de saúde pública sendo importante modelar a sua
propagação para que se possa atuar sobre ela. Para realizar a modelação existem duas
grandes classes de com origem no modelo predador-presa (Lotka-Volterra), utilizam
equações diferenciais para modelar o (de)crescimento das populações envolvidas. Estes
modelos são o modelo Suscetíveis-Infetados (SI) e o modelo Suscetíveis-Infetados-
-Recuperados (SIR) nas suas três variantes, simples, baseado em equações algébricas e
com atraso, que, neste trabalho, foram implementados em Matlab para modelar casos
propostos na literatura. Os resultados permitem compreender a evolução geral de uma
epidemia em função de certos fatores determinantes como é o caso do período de contágio
e da taxa de contágio da doença. Os modelos estocásticos utilizam informação estatística
sobre a população afetada para gerar padrões que facilitam a sua análise. Neste
estudo, foram aplicados modelos estocásticos, designados de modelos de duração
não paramétrica, para modelar a propagação da gripe em Portugal entre novembro de
2010 e maio de 2011. Conclui-se que existem certas características populacionais, como
os hábitos tabágicos, que potenciam o risco de contágio. Verifica-se, também, que outras
características, como o género ou meio de transporte habitualmente utilizado, não
influenciaram a tendência para o contágio, no período considerado.