Que nos dizem as comunidades de macroinvertebrados acerca dos impactos do colapso das escombreiras das minas do Portelo (NE Portugal)?
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Visão geral
resumo
Em Janeiro de 2010 em consequência de um evento de precipitação extrema uma grande
parte dos materiais armazenados nas escombreiras das minas do Portelo foi arrastada para
os cursos de ágLia circundantes. Com o objetivo de avaliar as consequências deste evento
na integridade ecológica dos cursos de água adjacentes foram amostradas as comunidades
de macroinvertebrados aquáticos em vários pontos. Os resultados indicam que nos pontos
mais afastados da mina (a mais de 20 Km de distância) os efeitos parecem ter sido
negligenciáveis não se verificando alteração significativa nas comunidades. No entanto, nos
pontos mais próximos da mina as comunidades foram arrasadas não tendo sido amostrados
quaisquer organismos durante 2010. A recolonização das áreas mais afetadas só ocorreu a
partir da primavera de 2011 . Durante os 3 anos em que decorreu o presente estudo as
comunidades de macroinvertebrados nas áreas mais afetadas nunca recuperaram o seu
estado inic ial. Este estudo demonstra que as comunidades de macroinvertebrados também
podem ser utilizadas como indicadores para avaliar os impactos da contaminação
proveniente da atividade mineira na integridade ambiental.
Os impactos ambientais crónicos da atividade mineira nos ecossistemas aquáticos estão
extensamente documentados tendo sido alvo de extensos estudos. Por outro lado, os efeitos da
libertação súbita de grandes quantidades de metros cúbitos de resíduos mineiros nos
ecossistemas ainda são pouco conhecidos. Em Janeiro de 2010 em consequência de um
evento de precipitação extrema uma grande parte dos materiais armazenados nas escombreiras
das minas do Portelo foi arrastada para os cursos de água circundantes. Com o objetivo de
avaliar as consequências deste evento na integridade ecológica dos cursos de água afetados
foram amostradas as comunidades de macroinvertebrados aquáticos em vários pontos dos
cursos de água afetados. Os resultados indicam que nos pontos mais afastados da mina (a
mais de 20 Km de distância) os efeitos parecem ter sido negligenciáveis não se verificando
alteração significativa nas comunidades. No entanto, nos pontos mais próximos da mina as
comunidades foram arrasadas não tendo sido amostrados quaisquer organismos durante 2010.
A recolonização das áreas mais afetadas só ocorreu a partir da primavera de 2011. Durante os
3 anos em que decorreu o presente estudo as comunidades de macroinvertebrados nas áreas
mais afetadas nunca recuperaram o seu estado inicial. Este estudo demonstra que as
comunidades de macroinvertebrados também podem ser utilizadas como indicadores para
avaliar os impactos da contaminação proveniente da atividade mineira na integridade ambiental