Relação de ajuda e intervenção psicoterapêutica no serviço de urgência
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O recurso ao serviço de urgência é cada vez mais frequente, e os enfermeiros
desenvolvem as suas intervenções terapêuticas num ambiente de stress, ansiedade,
desconforto e insegurança, sendo-lhes exigida uma postura de suporte, ajuda incondicional,
resolução atempada de situações críticas e graves. Para tal a relação de ajuda
é fundamental. O presente artigo consiste numa revisão bibliográfica, centrada na temática
da relação de ajuda no serviço de urgência. Tem como objetivo principal identificar
como se desenvolve a relação de ajuda nas intervenções psicoterapêuticas de
enfermagem no serviço de urgência. Utilizamos a estratégia PICO e foram selecionados
10 trabalhos de uma amostra de 25 artigos científicos, dissertações e teses de investigação,
divulgados no período de 2009 a 2012. A pesquisa realizou-se nas bases de dados
científicas: PubMed, Biblioteca do conhecimento online B-On, e Nursing and Allied helth
colection. Consideraram-se também as referências bibliográficas dos artigos consultados.
Os resultados evidenciam que os enfermeiros nos serviços de urgência, procuram
dar apoio, ajudar, comunicar, compreender o doente, bem como os seus familiares,
tentando não só proporcionar conforto através do controlo de sintomas. Os artigos
consultados evidenciam a importância atribuída à relação de ajuda, existindo contudo
algumas dificuldades no estabelecimento da mesma no serviço de urgência. Constatamos
que as dificuldades se prendem com o modelo organizacional e arquitetónico dos
serviços de urgência, não favorecendo a comunicação nem a relação de ajuda.