Incidência de olho-de-pavão e mosca-da-azeitona em função da fertilização azotada
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O azoto é um elemento de gestão difícil. Se por um lado é o elemento para o qual
mais frequentemente se obtém resposta na produtividade é também um elemento
associado a elevada problemática ambiental. Por outro lado, por vezes também se associa o
elemento, sobretudo se aplicado em quantidades elevadas, ao aumento da suscetibilidade
das plantas a pragas e doenças. Contudo, a investigação nesta área em olival é reduzida.
Neste trabalho foi avaliado o efeito da aplicação de várias doses de azoto (entre 0 e 120 kg N
ha-1) na incidência de olho-de-pavão (Spilocaea oleagina) nas folhas e mosca-da-azeitona
(Bactrocera oleae) nos frutos. O olho-de-pavão foi avaliado visualmente e após incubação
em NaOH 5%, e a mosca-da-azeitona pesquizada através do número de frutos atacados.
Foram usadas amostras individuais de 50 folhas jovens dos ramos do ano e 50 frutos por
árvore em três repetições provenientes de três árvores diferentes. O estudo incluiu as
variedades ‘Cobrançosa’ e ‘Madural’. As observações de olho-de-pavão não mostraram uma
tendência clara em função da dose de azoto mas antes elevada variabilidade experimental, o
que pressupõe que as técnicas de amostragem devem ser reexaminadas e considerados
outros fatores relacionados com a epidemiologia da doença. A mosca-da-azeitona mostrou
uma incidência decrescente com o aumento da dose de azoto na cultivar ‘Cobrançosa’,
tendo as azeitonas mais afetadas coincidido com a modalidade testemunha e as menos
afetadas com as oliveiras tratadas com as maiores doses de azoto. Na ‘Madural’ não se
registaram diferenças significativas no nível de ataque.
Projeto “BioSave” - Promoção do potencial económico e da sustentabilidade dos
setores do azeite e da castanha. Concurso nº 02/SAICT/2016, projeto nº 023721.