Vida ativa em vez de envelhecimento ativo: o contributo da animação sociocultural
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Nesta comunicação procuramos conceptualizar o envelhecimento ativo à luz do paradigma da
continuidade do ciclo de vida e da assunção do idoso, ele próprio, como um recurso enquanto
pessoa, como o ator principal da sua vida, na sua dimensão biopsicossocial, com todas as suas
virtudes e fragilidades próprias de uma vida vivida.
Esta forma de conceptualizar o idoso e o envelhecimento conduz-nos a privilegiar a ideia de vida
ativa em detrimento da ideia de envelhecimento ativo. A ideia de vida ativa tem vários méritos
que asseguram com mais eficácia os desideratos do envelhecimento ativo, designadamente:
desdramatiza a questão do momento da senescência e do declínio psicossocial dos indivíduos;
atenua o risco de crise identitária da entrada na reforma; é facilitadora do desenvolvimento de
atividades intergeracionais espontâneas; diminui o risco de idadismo e outras estereotipias; e, é uma
estratégia potenciadora da saúde e qualidade de vida das pessoas.
A ideia de vida ativa sugere, igualmente, a importância dos indivíduos, em qualquer idade, poderem
disfrutar da cidadania plena sem serem alvo de qualquer tipo de exclusão social. A ideia de vida ativa
tem implícita a aprendizagem ao longo da vida e, neste sentido, destacamos o papel fundamental da
Animação Sociocultural nos processos educacionais e de socialização dos indivíduos.