Evolução do estado nutritivo azotado em olival mantido com diferentes cobertos vegetais de leguminosas
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Em olival tradicional as leguminosas são por vezes cultivadas como adubo verde, com o objetivo
principal de. que o azoto fixado seja transferido para as árvores, substituindo a aplicação de fertilizantes de
síntese industrial. Neste trabalho estudou-se o efeito da introdução de leguminosas como cobertos
vegetais no estado nutritivo do olival, avaliado pela concentração ·de azoto nas folhas no período
subsequente ao cultivo das leguminosas. Foram instalados dois ensaios: em Suçães, Mirandela; e na Qta
do Carrascal, em Vila Flor. Em Suçães constituíram-se quatro tratamentos, designadamente tremoceiro
(Lupinus albus), uma mistura de leguminosas pratenses (Trifolium· spp. e Ornithopus spp.), vegetação
natural fertilizada com 60 kg N ha'1 e vegetação natural não fertilizada. Na Qta do Carrascal constituíram-se
também quatro tratamentos; designadamente tremoceiro, ervilhaca (Vicia villosa), leguminosas
pratenses e vegetação natural. Os cobertos foram semeados em Outubro de 2009 e cortados em Maio de
2010. A biomassa produzida foi deixada sobre o solo como mulching. A concentração de azoto nas folhas
foi determinada em Janeiro de 2010, 2011 e 2012 e Julho de 2010 e 2011. O efeito do tremoceiro em
Suçães foi pouco significativo, tendo-se observado ligeiro aumento de· concentração de azoto nas folhas
relativamente à testemunha. As leguminosas anuais de ressementeira natural apresentaram um efeito mais
persistente, eventualmente devido à ressementeira natural das leguminosas na estação de crescimento
seguinte. Na Qta do Carrascal o efeito da ervilhaca persistiu para a estação de crescimento seguinte,
parecendo ser mais efetivo que o efeito do tremoceiro.