O uso dos herbívoros na prevenção dos incêndios: uma nova oportunidade para a sustentabilidade da floresta
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O reconhecimento da extrema vulnerabilidade da floresta portuguesa aos incêndios florestais impõe o
estabelecimento de medidas que possam contrariar a curto prazo esta elevada susceptibilidade. O risco de
incêndios e suas consequências dependem de forma determinante das condições climáticas, que são constantes
à escala Humana, e da estrutura e composição da floresta. As possibilidades de gestão, do risco estrutural,
passam por medidas de sensibilização de difícil implementação e que produzem efeitos a longo prazo e, por
medidas de gestão do combustível com resultados mais imediatos. A redução dos combustíveis (continuidades
vertical e horizontal dos estratos) pode ser feita por diferentes processos, entre os quais, o corte mecânico, o
fogo controlado e o uso do pastoreio orientado. O efeito destas operações sobre a vegetação existente é muito
diferente. O corte e o fogo reduzem drasticamente a biomassa combustível, o pastoreio é uma técnica mais
lenta, mas a sua eficiência a médio e longo prazo é maior, já que, por exemplo, o consumo reiterado debilita e
reduz a capacidade de regeneração da maior parte das espécies arbustivas. No entanto, a capacidade
“destroçadora” do gado depende das características inerentes ao próprio animal (espécie, raça, hábitos
alimentares, etc.) e do tipo de vegetação existente. Em função do tipo de recurso/tipo de combustível, o gado a
utilizar deve ser diferente, se o pasto lenhoso é abundante, é aconselhável introduzir lignívoros, enquanto se o
pasto for herbáceo deverão ser introduzidos herbívoros pastadores. O objetivo deste estudo foi fazer uma
análise comparativa das dietas de ovinos e caprinos, fazendo uma tipologia dos recursos usados, destacando a
capacidade de cada uma das espécies na remoção de diferentes tipos de combustível. A presença dos recursos
espontâneos lenhosos na dieta dos caprinos foi muito relevante, evidenciado a forte aptidão desta espécie para o
consumo destes recursos.
O reconhecimento da extrema vulnerabilidade da floresta portuguesa aos incêndios florestais impõe o estabelecimento de medidas que possam contrariar a curto prazo esta elevada susceptibilidade. O risco de
incêndios e suas consequências dependem de forma determinante das condições climáticas, que são constantes
à escala Humana, e da estrutura e composição da floresta. As possibilidades de gestão, do risco estrutural,
passam por medidas de sensibilização de difícil implementação e que produzem efeitos a longo prazo e, por medidas de gestão do combustível com resultados mais imediatos. A redução dos combustíveis (continuidades vertical e horizontal dos estratos) pode ser feita por diferentes processos, entre os quais, o corte mecânico, o fogo controlado e o uso do pastoreio orientado. O efeito destas operações sobre a vegetação existente é muito diferente. O corte e o fogo reduzem drasticamente a biomassa combustível, o pastoreio é uma técnica mais
lenta, mas a sua eficiência a médio e longo prazo é maior, já que, por exemplo, o consumo reiterado debilita e reduz a capacidade de regeneração da maior parte das espécies arbustivas. No entanto, a capacidade
“destroçadora” do gado depende das características inerentes ao próprio animal (espécie, raça, hábitos alimentares, etc.) e do tipo de vegetação existente. Em função do tipo de recurso/tipo de combustível, o gado a
utilizar deve ser diferente, se o pasto lenhoso é abundante, é aconselhável introduzir lignívoros, enquanto se o
pasto for herbáceo deverão ser introduzidos herbívoros pastadores. O objetivo deste estudo foi fazer uma
análise comparativa das dietas de ovinos e caprinos, fazendo uma tipologia dos recursos usados, destacando a capacidade de cada uma das espécies na remoção de diferentes tipos de combustível. A presença dos recursos espontâneos lenhosos na dieta dos caprinos foi muito relevante, evidenciado a forte aptidão desta espécie para o consumo destes recursos.