Cultivar Stevia reubaudiana (Bert) em Bragança: orientações para a técnica cultural
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A stévia [Stevia rebaudiana (Bert.) Bertoni] é cultivada pelo seu poder adoçante.
Apesar de ser um arbusto perene na sua região de origem (serra Amambaí, região
limítrofe entre Brasil e Paraguai), onde é explorada em cortes múltiplos, em
Bragança (Portugal) não sobrevive ao Inverno. Nesta região, o cultivo de stévia para
fins comerciais implica uma nova plantação todos os anos. Para além dos custos
associados à obtenção das plantas e à plantação, a data de plantação passa a ser
um critério determinante na estratégia de maximização da produtividade, numa
região em que a estação de crescimento é muito curta. O azoto, devido ao seu
efeito na produtividade e no desenvolvimento fenológico das plantas, será também
um fator ecológico determinante a ter em conta.
Neste trabalho apresentam-se resultados de dois anos de ensaios de campo com
stévia em que se estudou o efeito da data de plantação e do regime de corte
(simples e duplo) na produtividade. Foi também estudado o efeito da aplicação de
azoto na produção de biomassa.
Um corte único originou ligeiramente maior produção do que cada um dos cortes
individuais em culturas exploradas em dois cortes, mas menor produção que a
obtida na soma dos dois cortes. A percentagem de matéria seca nas folhas
relativamente aos caules também aumentou em culturas explorados em dois
cortes, devido a estes serem efetuados em estados fenológicos mais precoces. A
entrada em floração reduziu a percentagem de folhas relativamente aos caules. O
azoto promoveu a produtividade, quer na cultura exploração em corte único, quer
em corte duplo.