Resposta de quatro variedades de milho a diferentes doses de fertilizantes orgânicos e minerais
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O milho é das culturas mais importantes no mundo. A produção mundial de milho tem vindo a aumentar e a sua distribuição geográfica também. A produção pode estar orientada para a alimentação humana, indústria ou alimentação animal. Este trabalho reporta resultados de um ensaio que decorreu em Bragança na estação de crescimento de 2016 (maio-outubro). A experiência foi organizada num fatorial com quatro variedades e seis níveis de fertilização. Foram usados um híbrido de ciclo curto (PR36Y03) recomendado para a região Norte de Portugal e um híbrido de ciclo mais longo (SC411SRT) em uso no mercado angolano, e duas variedades de polinização livre, uma proveniente de Angola (Angola) e outra de Montalegre no norte de Portugal (Montalegre). Como tratamentos fertilizantes foram incluídas duas modalidades de fertilização orgânica (estrume de bovino e um fertilizante orgânico comercial), três modalidades de fertilização azotada mineral com 50, 100 e 200 kg/ha aplicados na forma de nitrato de amónio, e uma modalidade testemunha, sem fertilização. As variedades Angola e SC411SRT não completaram adequadamente o seu ciclo cultural por falta de duração da estação de crescimento. Quando se efetuou a colheita a variedade Angola ainda não tinha completado a maturação do grão. A altura média das plantas variou significativamente com o tratamento fertilizante, mas esteve sobretudo dependente da variedade. A produção variou de forma significativa quer com o nível de fertilização quer com a variedade. Assim, a altura média das plantas foi de 2,19, 2,64, 3,42 e 3,58 m respetivamente para as variedades Montalegre, PR36Y03, SC411SRT e Angola. As produções de grão para as variedades referidas e nas melhores modalidades de fertilização foram respetivamente 6,3, 9,5, 15,2 e 1,0 t/ha. A variedade Angola, de ciclo extraordinariamente longo e altura superior a 3,5 m produziu pouquíssimo grão, com uma média de espigas por grão inferior à unidade. A variedade Montalegre teve um desempenho muito satisfatório, tendo em conta que a duração do ciclo foi da ordem dos 3 meses, parecendo material interessante para incluir em programas de melhoramento em que seja necessário introduzir precocidade ou mesmo para cultivar em regiões temperadas de Verão curto ou em ambiente subtropical onde a estação das chuvas seja também curta. O índice de colheita foi de 2,9% para a variedade Angola, enquanto as restantes revelaram valores entre 33 e 41%.