Os alunos que têm conhecimentos insuficientes a nível dos direitos autorais e das normas de citação e referência nos textos académicos podem estar em risco de serem acusados de plágio (involuntariamente) durante as suas vidas académicas. Daí a necessidade de desenvolverem estratégias de ensino e aprendizagem específicas de modo a que os alunos, sobretudo os dos primeiros anos de licenciatura, compreendam bem a importância de referirem e citarem corretamente nos seus textos académicos. Resultados de vários estudos de investigação (por exemplo, Ashword, Bannister & Thorne, 1997) indicam que os alunos têm uma perceção muito suave e bastante inócua de situações de plágio, o oposto ao que lhes é exigido nas Instituições de Ensino Superior. Este facto, aliado ao aumento de situações de plágio, constitui um desafio e uma preocupação para as Instituições Superiores Académicas. Parte do problema é que o plágio inclui comportamentos diversos (desde comprar e copiar trabalhos completos a copiar secções de livros e artigos, e a parafrasear sem referir a fonte) (Park, 2003). MacDonald & Carrol (2006) referem que nem todos os alunos quando chegam à Universidade estão preparados no que se refere às competências de escrita académica nem detêm os conhecimentos suficientes sobre o plágio, referências e citações. Os alunos que escrevem com um elevado sentido autoral e grande confiança de escrita, demonstram compreensão na apresentação de ideias e argumentos próprios e, deste modo, apresentam um risco mínimo de serem acusados de plágio não intencional. Nos últimos anos tem havido a preocupação por parte de investigadores sociais para compreenderem melhor as razões que levam os estudantes universitários a praticarem plágio não intencional e, em consequência, desenvolverem-se estratégias para combater essas práticas.
As próprias instituições de ensino superior têm adotado mecanismos de forma a que os seus alunos pratiquem a honestidade académica quer através de ações de formação, unidades curriculares na área da investigação, quer a através da utilização de suporte informático para deteção do plágio. A Universidade da Madeira foi das primeiras do país a instituir
Em 2009 a prática de os seus alunos enviarem os seus trabalhos académicos (em formato eletrónico) para o Gabinete de Apoio ao Estudante (GAE) para serem escrutinados por um programa informático de deteção de plágio e verificação de originalidade.