A utilização intensiva de redes de comunicação heterogéneas e em
crescimento acelerado é um desafio constante. Apesar do aumento de
tamanho e de complexidade, as redes de comunicação de dados tornaram-se
num factor crítico de sucesso de muitas organizações. Durante a última
década foram desenvolvidas e normalizadas arquitecturas de gestão de redes
para a criação de um ambiente aberto que permite controlar e optimizar de
forma eficiente o seu funcionamento.
Muitas destas arquitecturas seguem uma estrutura centralizada que, apesar de
aceitável há uns anos, revela-se insuficiente para lidar com o aumento de
dimensão e de tráfego. Durante os últimos anos, surgiram várias propostas,
modelos e arquitecturas de distribuição de gestão que procuram eliminar os
problemas da centralização. O cenário tradicional em que uma única estação
de gestão é responsável pela globalidade de sistemas geridos é modificado de
forma a abarcar a tecnologia que permite delegar esta responsabilidade para a
própria rede.
Este cenário propõe aumentar a robustez do sistema de gestão pela
introdução de redundância e independência relativamente a ligações
intermitentes. Além da robustez, a escalabilidade em termos de carga de
processamento e de tráfego de gestão, principalmente para gestão “em
banda”, é um objectivo essencial para redes modernas. Por último, a
flexibilidade é também aumentada pela delegação dinâmica de código e de
processos.
Dados a dependência actual dos serviços de comunicação de dados, o
aumento de complexidade e o aumento de dimensão das redes actuais, a
distribuição de gestão é um processo não só solicitado como inevitável.