Validação de um instrumento para avaliar fatores de não adesão à terapêutica em doentes crónicos
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A adesão à terapêutica é essencial para garantir a eficácia e a segurança do tratamento bem como a qualidade de vida do doente. A utilização de instrumentos adequados que permitam identificar os principais fatores de não adesão é fundamental para se possa intervir junto do doente de forma a melhorar a sua adesão à terapêutica. Este trabalho de investigação pretende avaliar a consistência interna e fatorial de um questionário sobre fatores que de não adesão à terapêutica em doentes crónicos que adquirem os seus medicamentos na farmácia hospitalar, ao abrigo de regimes excecionais de comparticipação
A escala de 35 itens adaptada de Cabral e Silva (2010) foi aplicada a 54 doentes crónicos, selecionados de forma aleatória, em regime de ambulatório nos serviços farmacêuticos hospitalares da Unidade local de saúde do Nordeste. Procedeu-se à análise da estrutura relacional de todos os itens através da análise fatorial exploratória com extração dos fatores pelo método das componentes principais, seguida de uma rotação varimax. Foram extraídos os fatores que apresentavam valores próprios (eigenvalue) superiores a 1 e que explicavam uma percentagem considerável da variância total. A consistência interna foi estimada através do alfa de Cronbach (α).
Participaram nesta investigação 54 doentes, de ambos os sexos, com idades compreendidas entre os 20 e os 95 anos. A maioria dos doentes sofria de insuficiência renal crónica (40,7%), seguido de artrite reumatoide (35,2%) e esclerose múltipla (14,8%).
A escala final é constituída por 27 itens tendo sido incluídos apenas, os itens com um valor de saturação igual ou superior a 0,450 em valor absoluto. O teste de esfericidade de Bartlett (p=0.000) e o índice de Kaiser-Meyer-Olkin (KMO) (KMO=0,645) indicam que a análise fatorial é adequada e aceitável. Da análise fatorial exploratória foram encontrados 5 fatores com consistência interna excelente: “relacionamento do doente com o seu médico” (n=9; α=0,937), “complexidade do regime terapêutico” (n=8; α=0,941), “capacidade de gestão do regime terapêutico pelo próprio” (n=5; α=0,853), “eficácia da medicação” (n=2; α=0,782), “efeitos da medicação” (n=3; α=0,806). Estes fatores explicavam 79% da variância total. O índice de consistência interna global apresentou um valor de alfa Cronbach de 0,964
Os resultados demostraram caraterísticas psicométricas razoáveis atestando que o instrumento testado foi adequado para o que se propôs estudar
A adesão à terapêutica é essencial para garantir a eficácia e a segurança do tratamento bem como a qualidade de vida do doente. A utilização de instrumentos adequados que permitam identificar os principais fatores de não adesão é fundamental para se possa intervir junto do doente de forma a melhorar a sua adesão à terapêutica. Este trabalho de investigação pretende avaliar a consistência interna e fatorial de um questionário sobre fatores que de não adesão à terapêutica em doentes crónicos que adquirem os seus medicamentos na farmácia hospitalar, ao abrigo de regimes excecionais de comparticipação.
METODOS:
A escala de 35 itens adaptada de Cabral e Silva (2010) foi aplicada a 54 doentes crónicos, selecionados de forma aleatória, em regime de ambulatório nos serviços farmacêuticos hospitalares da Unidade local de saúde do Nordeste. Procedeu-se à análise da estrutura relacional de todos os itens através da análise fatorial exploratória com extração dos fatores pelo método das componentes principais, seguida de uma rotação varimax. Foram extraídos os fatores que apresentavam valores próprios (eigenvalue) superiores a 1 e que explicavam uma percentagem considerável da variância total. A consistência interna foi estimada através do alfa de Cronbach (α).
RESULTADOS:
Participaram nesta investigação 54 doentes, de ambos os sexos, com idades compreendidas entre os 20 e os 95 anos. A maioria dos doentes sofria de insuficiência renal crónica (40,7%), seguido de artrite reumatoide (35,2%) e esclerose múltipla (14,8%). A escala final é constituída por 27 itens tendo sido incluídos apenas, os itens com um valor de saturação igual ou superior a 0,450 em valor absoluto. O teste de esfericidade de Bartlett (p=0.000) e o índice de Kaiser-Meyer-Olkin (KMO) (KMO=0,645) indicam que a análise fatorial é adequada e aceitável. Da análise fatorial exploratória foram encontrados 5 fatores com consistência interna excelente: “relacionamento do doente com o seu médico” (n=9; α=0,937), “complexidade do regime terapêutico” (n=8; α=0,941), “capacidade de gestão do regime terapêutico pelo próprio” (n=5; α=0,853), “eficácia da medicação” (n=2; α=0,782), “efeitos da medicação” (n=3; α=0,806). Estes fatores explicavam 79% da variância total. O índice de consistência interna global apresentou um valor de alfa Cronbach de 0,964.
CONCLUSIONES:
Os resultados demostraram caraterísticas psicométricas razoáveis atestando que o instrumento testado foi adequado para o que se propôs estudar
