O doente terminal em fase agónica Chapter uri icon

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  • Atualmente, deparamos-nos com doentes de idade mais avançada, com patologias crónicas, contribuindo para um incremento de situações de doença terminal, com necessidades paliativas. Os cuidados paliativos visam melhorar a qualidade de vida dos doentes, bem como das suas famílias/cuidadores. Muitos destes doentes são internados em serviços de medicina interna. Na literatura científica a fase agónica corresponde ao período que precede a morte, correspondendo aos últimos dias/horas de vida, cujo agravamento gradual se manifesta por sinais e sintomas que variam de doente para doente, sendo que alguns estudos apontam como os mais frequentes: a dispneia, a dor, as secreções respiratórias/estertor e a confusão. A sua avaliação é relevante para a instituição de medidas farmacológicas e não farmacológicas. Na década de noventa, no Reino Unido desenvolveu-se uma ferramenta multiprofissional direcionada para o atendimento a pacientes moribundos, denominada de Liverpool Care Pathway for the Dying Patient (LCP). Em 2013, uma comissão independente recomendou a sua substituição, por um “Plano de Cuidados em Fim de Vida”, amparado por orientações de boas práticas específicas a cada condição. Visando caracterizar os cuidados prestados ao doente terminal, nos últimos dias de vida, em internamento hospitalar, alguns estudos recorreram a um formulário construído com base no LCP, sendo evidenciado as dificuldades das equipas de saúde em adequar os cuidados. Integrados numa equipa multidisciplinar, as intervenções não farmacológicas desenvolvidas pelos enfermeiros são de extrema importância, sendo que, atendendo à condição especifica de cada doente, estas devem ser apropriadas, em prol da promoção do conforto e da sua qualidade de vida.

publication date

  • 2023