Crianças e jovens com necessidades de saúde especiais em contexto comunitário: intervenção da equipa de saúde escolar
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As necessidades de saúde especiais (NSE)
resultam de problemas de saúde física ou mental com
reflexo no processo de ensino aprendizagem. O conceito
de escola inclusiva emerge da opinião crescente de que
as crianças e jovens com NSE devem ser integradas no
ensino regular.
As necessidades de saúde especiais (NSE) resultam de problemas de saúde física ou mental com reflexo no processo de ensino aprendizagem. O conceito de escola inclusiva emerge da opinião crescente de que as crianças e jovens com NSE devem ser integradas no ensino regular. Objetivos: Caraterizar a amostra nas variáveis sociodemográficas e clínicas; identificar as necessidades de intervenção da equipa de saúde escolar. Metodologia: Estudo analítico, transversal e descritivo, com abordagem qualitativa e quantitativa. Diagnóstico participativo com recurso a informadores-chave para caraterização sociodemográfica e das relações familiares das crianças e jovens com NSE de dois agrupamentos de escolas (AE). Constituído grupo de peritos para identificar as dificuldades e as necessidades sentidas na sinalização e codificação dos indivíduos. Resultados: Do total de alunos inscritos nos AE (n=2286), 141 (6,2%) são crianças ou jovens com NSE, sendo que, destes, 92 (65,2%) são do sexo masculino e 125 (88,7%) estão codificadas pelas equipas de saúde familiar. Há uma distribuição homogénea entre os diferentes níveis de ensino, ainda que o AE com menor população tenha mais crianças e jovens com NSE (n=57; 11,4%). As funções mentais globais (n=43; 30,5%) e mentais específicas (n=38; 27,0%) são as funções do corpo alteradas predominantes. O grupo de peritos da organização de saúde identificou défice de comunicação entre as unidades funcionais e a equipa de saúde escolar, apesar de reconhecerem a sua importância. No que respeita ao grupo de peritos dos AE, as dificuldades sentidas são a identificação de sinais e sintomas, a gestão e controlo de sintomas, a articulação com as equipas de saúde e a dificuldade em identificar condições que signifiquem NSE. Conclusões: Há necessidade de uma articulação efetiva entre as equipas de saúde e as instituições escolares enquanto veículo para uma intervenção direcionada e individualizada.