Rega deficitária em olivais de Trás-os-Montes: apresentação de um projeto em fase de instalação
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A oliveira (Olea europaea L.) é uma espécie parcimoniosa no que respeita ao consumo de
água estando por isso bem adaptada a condições de aridez. Os mecanismos que desenvolveu
de tolerância à seca (Fernández e Moreno, 1999; Fernandes-Silva, 2010) permitem que seja
considerada apropriada para a implementação de rega deficitária. Se estudará a influencia de
vários tratamentos de rega deficitária e uno olivar localizado na região da Terra Quente
Transmontana, propiamente no Vale da Vilariça. Na maioria das principais regiões olivícolas
nacionais, especialmente na Região da Terra Quente Transmontana, a 2º região com
importância na produção de azeite, a água para a rega é escassa, não permitindo que as
necessidades totais de água sejam satisfeitas (ETc), o que não deixa outra alternativa ao
olivicultor senão regar de forma deficitária, apesar da quantificação da dotação de rega ser
baseada numa base de tentativa erro, o que não se coaduna com a gestão sustentável deste
recurso. Felizmente, a RDI tem sido referida como sendo útil para a produção de azeite
(Moriana et al, 2003; Iniesta et al, 2009), sendo habitualmente aplicada na segunda fase de
desenvolvimento do fruto, quando ocorre o endurecimento do caroço, uma vez que é o
período menos sensível ao défice hídrico. Esta fase coincide geralmente com o período de
elevada solicitação evaporativa, o que significa que a oliveira pode ser considerada uma
cultura de grande interesse para a aplicação de RD. O estudo de diferentes estratégias de rega
deficitária é ainda necessário para a cv. “Cobrançosa” e outras cultivares, de forma a
identificar qual é a melhor estratégia de rega com vista à otimização dos recursos hídricos,
produtividade e qualidade do azeite, dando continuidade aos trabalhos preliminares já
realizados nesta região.