Modelação matemática de epidemias
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Nestas últimas décadas algumas doenças como a varíola, o sarampo, a SARS (Síndrome
Respiratória Aguda) e a gripe têm recebido muita atenção por parte dos investigadores
por se tratar de problemas de saúde pública. Deste modo, é importante fazer
a modelação da sua propagação com recurso a modelos determinísticos e estocásticos
de modo a que se consiga prevenir um eventual surto. Neste trabalho faz-se uma sistematização
dos principais modelos determinísticos existentes e faz-se a sua conversão
em modelos estocásticos. Os modelos determinísticos estudados e implementados em
casos de estudo foram os seguintes: SIS (Suscetíveis-Infetados-Suscetíveis), SIR (Suscetíveis-
Infetados-Recuperados), SIRS (Suscetíveis-Infetados-Recuperados-Suscetíveis),
SIQS (Suscetíveis-Infetados-Quarentena-Suscetíveis), SIQR (Suscetíveis-Infetados-Quarentena-
Recuperados), MSEIRS (Imunes-Suscetíveis-Expostos-Infetados-Recuperados-
-Suscetíveis), MSEIR (Imunes-Suscetíveis-Expostos-Infetados-Recuperados) e SEIR
(Suscetíveis-Expostos-Infetados-Recuperados). Em alguns modelos introduziu-se parâmetros
de prevenção (quarentena e a vacinação) e dinâmica populacional (natalidade
e mortalidade). Concluiu-se que a introdução de uma taxa de vacinação e um compartimento
de quarentena ajuda a diminuir o alcance de uma epidemia. Verifica-se também
que a introdução da dinâmica populacional torna os modelos mais reais. Os modelos
estocásticos foram aplicados para o estudo da propagação de uma epidemia numa sala
de aula e para o estudo do contágio da Gripe pessoa a pessoa numa comunidade estudantil,
como a da ESTiG. Concluiu-se que o aumento do número inicial de infetados não
tem um efeito direto no número total de contagiados durante o surto, apenas altera o
momento em que ocorre o pico do número de infetados em simultâneo. Já o número
de contactos adequados por pessoa infetada tem um efeito determinante na propagação
da gripe, bastando que este valor seja maior do que um para que haja um surto
epidémico. Verifica-se também que a vacinação de parte da comunidade pode reduzir
de forma significativa o número total de infetados.