O Papel do Enfermeiro na Prevenção do Delirium Pós-Operatório em Idosos
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Delirium é uma síndrome neuro comportamental decorrente da quebra transitória da homeostase cerebral, caraterizando-se por uma mudança aguda na cognição e atenção, comum no período pós- operatório em pessoas idosas, acarretando aumento de morbilidade e mortalidade. O objetivo desta revisão da literatura é compreender a sua fisiopatologia, etiologia e diagnóstico, com enfoque nas estratégias de prevenção. Os doentes idosos são mais suscetíveis à ocorrência desta síndrome, devido à presença de mudanças fisiológicas ocasionadas pelo processo de senescência e pelas comorbidades existentes. Constitui-se como uma patologia em que a prevenção, o diagnóstico precoce e o tratamento adequados reduzem a mortalidade e complicações pós-operatórias, além de acelerar a recuperação funcional, diminuir os custos e tempo de internamento hospitalar do idoso. A fisiopatologia do delirium, é atribuída à produção de mediadores neuroinflamatórios, decorrente de qualquer lesão periférica, provocando um desequilíbrio na libertação dos principais neurotransmissores, que vão induzir alterações neurofisiológicas e na homeostasia do Sistema Nervoso Central (SNC). A prevenção constitui a medida major, que se baseia em intervenções multidisciplinares sob os principais fatores de risco para o seu desenvolvimento. A evidência científica para o tratamento do delirium foca-se preferencialmente na abordagem não farmacológica, com implementação de estratégias ambientais, comportamentais e sociais. Assim, as estratégias para prevenir a sua ocorrência estão intimamente relacionadas com as intervenções desenvolvidas pelos profissionais de enfermagem, em que as suas competências, com estratégias de prevenção e diagnóstico precoce são fatores cruciais para o prognóstico favorável. O tratamento farmacológico é de segunda linha e deverá ser instituído de forma a prevenir o risco de auto-lesão.
