Resposta de milhos híbridos e variedades de polinização livre a fertilização orgânica e mineral
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Em condições de cultivo marginais, as variedades regionais de
polinização livre de milho podem ser alternativa aos híbridos comerciais.
Neste trabalho reportam-se resultados comparativos de duas variedades
regionais de milho, uma proveniente de Benguela ('Angola'), e outra
proveniente do norte de Portugal ('Montalegre'), e dois híbridos comerciais,
um recomendado para Benguela ('SC411SRT') e outro recomendado para o
norte de Portugal ('PR36Y03'). A experiência foi organizada num fatorial com
as quatro cultivares referidas e seis modalidades de fertilizaçao, 0, 50, 100 e
200 kg N ha' na forma de nitrato de amónio, estrume de bovino e um
composto orgânico comercial aplicados na dose de 100 kg N ha'. Os ensaios
decorreram em Bragança, NE Portugal. A variedade 'Angola' foi a que
apresentou maior altura média (3, 6 m), maior número de folhas (18) e menor
número de espigas por planta (0, 9). Na posição oposta esteve a variedade
'Montalegre' com a menor altura (2, 2 m), menor número de folhas (9) e
maior número de espigas por planta (1, 1). A produção de gao foi mais elevada
no híbrido 'SC411SRT' (9,8 Mg hal ), seguida do híbrido 'PR36Y03' (8,1 Mg ha
'), variedade 'Montalegre' (5, 7 Mg ha') e, por último, a variedade 'Angola' (0,8
Mg ha'). As modalidades de fertilizaçao orgânica, em particular o estrume de
bovino, mostraram baixa eficiência de uso do azoto e menor produtividade
que as modalidades de fertilizaçâo mineral. A variedade 'Montalegre', de ciclo
particularmente curto, produziu aproximadamente ao nível das cultivares
híbridas se os resultados tiverem em conta o tempo necessário até à colheita
e a soma de temperaturas associadas ao seu ciclo cultural.