O colhedor de azeitona “Oli-Picker” está disponível no mercado e trabalha escovando a copa das oliveiras com um rotor (figura 1) montado num braço articulado hidraulicamente, tornando possível o destaque da azeitona no interior exterior da copa.
Ao contrário do que acontece com os vibradores de tronco, o “Oli-Picker” não é usual em Portugal e é escassa a informação disponível sobre este equipamento.
Anteriores observações de campo, efectuadas ao longo de duas campanhas de colheita (Almeida, 2007) indicam valores de capacidade de trabalho de 10 a 25 árvores por hora, dependendo da metodologia de trabalho e volume da copa das árvores, o que é um resultado modesto quando comparado com as 50 a 80 árvores por hora que se obtém com sistemas de colheita que utilizam vibradores de tronco.
A vantagem do “Oli-Picker” sobre os vibradores de tronco pode ser encontrada em olivais tradicionais constituídos por grandes árvores (figura 2) que se encontram em muitas regiões do Nordeste de Portugal, em Espanha e Itália. Nestes olivais os vibradores de tronco não são eficientes (Peça, 2002) ou mesmo impossíveis de utilizar devido ao diâmetro dos troncos, mas para o “Oli-Picker” a dimensão da copa não é uma dificuldade.
Neste texto são apresentados resultados do terceiro ano de observações de campo com o “Oli-Picker” e são estimados os custos de colheita em olivais constituídos por árvores não adequadas à colheita com vibradores de tronco.