Estudos de resposta da oliveira à aplicação de boro ao solo e por via foliar
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Em Trás-os-Montes, Portugal, existe limitação natural de boro no solo, sendo
frequente a ocorrência de sintomas de carência do nutriente em espécies
dicotiledóneas, como oliveira, amendoeira, castanheiro e videira. A aplicação de boro
nestas espécies é presentemente uma prática regular. Apesar de alguns estudos terem
mostrado que a oliveira responde à aplicação de boro, são necessários mais estudos
para melhorar a gestão deste nutriente.
Com o objetivo de estudar a resposta do boro à aplicação do elemento ao solo e
a mobilidade do nutriente na planta, estão instalados dois ensaios de campo em
Bragança, na Qta de Sta Apolónia, com a cultivar Cobrançosa. Um ensaio foi instalado
em março de 2013 num olival jovem de três anos, mantido em sequeiro, com as árvores
plantadas num compasso 6 x 7 m. Na mesma data foi instalado um segundo ensaio num
campo adjacente ao anterior, tendo sido as jovens plântulas instaladas num compasso
6 x 1m. Em ambos os ensaios foram incluídas duas modalidades de fertilização com boro
(o adubo foi distribuído, respetivamente, em 16 e 2 m2 por árvore, com adubação na
unidade de área equivalente a 3 kg B/ha) e sem aplicação de boro (testemunha). Um
ensaio em vasos foi também instalado, usando vasos com 3 kg de terra. Neste ensaio
foram incluídas terras com diferente disponibilidade inicial de boro e foram ensaiadas
modalidades de aplicação de boro ao solo e por via foliar. Ao longo da estação de
crescimento foram avaliados parâmetros biométricos de crescimento das plantas,
monitorizada a dinâmica do boro no solo e nas plantas e avaliada a produção de azeitona
no primeiro ensaio.
Nos ensaios de campo, as modalidades fertilizadas com boro revelaram teores
significativamente mais elevados do nutriente nas folhas comparativamente com as
modalidades não fertilizadas. Nas experiências em vasos os resultados foram
semelhantes, com teores de boro nas folhas mais elevadas nas modalidades fertilizadas,
quer com boro ao solo quer com boro foliar. Quer em campo quer em vasos, a altura
das plantas foi significativamente mais elevada nas modalidades fertilizadas. As
diferenças na produção de azeitona não foram estatisticamente significativas, apesar
das médias terem sido mais elevadas na modalidade fertilizada.