Stress e bloco operatório: o que sentem os enfermeiros?
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No Bloco Operatório (BO) o trabalho desenvolvido é complexo e intenso no sentido
de prestar cuidados a doentes em estado crítico, requerendo dos profissionais a
aquisição de conhecimentos contínuos e grande resistência ao stress. Este estudo aborda
a temática do stress em enfermeiros perioperatórios, procurando conhecer as principais
causas de stress e problemas de saúde nestes e identificar medidas minimizadoras
de stress no BO. Desenvolveu-se um estudo não experimental, de índole quantitativo,
correlacional, num plano transversal. Foram aplicados três instrumentos de avaliação,
Maslach Burnout Inventory, Nurse Stress Index e Inventário de Resolução de Problemas
e ainda um questionário auto-preenchido, relativo às caraterísticas demográficas e profissionais
dos inquiridos. Os principais resultados, foram que a amostra exibe um considerável
nível de stress, situando-se os valores médios aproximados dos valores médios
teóricos. As subescalas Lidar com doentes e família; Carga de trabalho e Clima organizacional
apresentaram os scores médios mais elevados. As causas apontadas como mais
stressantes foram: relações interpessoais, situações de urgência/emergência, estrutura
física do serviço, doentes críticos, volume de trabalho, carga horária excessiva, falhas
de equipamento/material e pressão laboral a que se sentem sujeitos. Como medidas
minimizadoras de stress, os participantes privilegiaram: Melhorar a comunicação entre
os elementos da equipa multidisciplinar; Melhorar as condições de trabalho; Existência
de protocolos de atuação específicos para cada uma das intervenções cirúrgicas;
Redução da pressão laboral e Formação contínua e Jornadas de atualização sobre BO.
Os problemas de saúde apontados foram: falta de vontade para se levantar de manhã,
irritabilidade, palpitações, insónias e cefaleias.