Ligaduras de compressão em úlceras venosas
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As úlceras venosas causam significante impacto social e económico e são extremamente incapacitantes, afectam de modo significativo a produtividade e a qualidade de vida dos indivíduos1. São as mais comuns, representando 80% das úlceras de pernas, com prevalência global que varia de 0,06 a 3,6% 2.
A terapia compressiva é um dos tratamentos mais recomendados, requerendo alguns pré-requisitos na sua aplicação, incluindo o índice de pressão tornozelo/braço – IPTB3. A alta compressão (IPTB > 0,8) só deve ser usada em pacientes sem comprometimento arterial (Borges, Caliri & Haas, 2007). Aumenta a taxa de cicatrização de úlceras venosas, comparado com o tratamento sem compressão4.
A amostra é constituída por 9 utentes, 6 do sexo feminino e 3 masculino, com idades compreendidas entre os 39 anos e os 75 anos.
Foi monitorizada a ferida no inicio do tratamento. Verificou-se evolução positiva da cicatrização passadas duas semanas de aplicação da ligadura.
Foi obtida uma taxa de sucesso de 100%. A 55,56% dos utentes foi cicatrizada totalmente a ferida até as 8 semanas, 22,22% ao fim de 12 semanas e os outros 22,22% mais de 12 semanas.
Os resultados sugerem que o uso de terapia compressiva aumenta a taxa de cicatrização de úlceras venosas, com benefícios na cicatrização, custo efectivo dos tratamentos e qualidade de vida dos portadores de úlcera venosa. Estes resultados são corroborados por imensos autores, entre os quais salientamos1,5.
As úlceras de perna são um problema comum a nível mundial com grandes repercussões nos sistemas de saúde e na vida dos doentes. Por isso é de extrema importância a utilização da terapia compressiva dados os excelentes resultados que se têm obtido na cura da úlcera venosa.