Nas doenças respiratórias crónicas a via inalatória é a principal escolha devido à sua eficácia na administração de fármacos. Os dispositivos inalatórios são amplamente prescritos, tanto em contexto de ambulatório como hospitalar. Cada tipo de dispositivo apresenta características próprias, exigindo, portanto, uma técnica inalatória (TI) específica. O sucesso da técnica depende de um processo adequado de ensino, treino, demonstração e validação de conhecimentos. Objetivos: Mapear a evidência científica disponível sobre a prevalência do uso incorreto de dispositivos inalatórios em pessoas com doenças respiratórias. Metodologia: Esta pesquisa é uma scoping review, seguindo a metodologia proposta pelo Joanna Briggs Institute. A busca foi realizada nas bases de dados PubMed, Scielo, EBSCOhost e RCAAP (literatura cinzenta), utilizando os critérios de inclusão estabelecidos. Resultados: Foram incluidas 9 publicações na análise. Os estudos revelaram uma prevalência entre 48,2% e 97,7% de pacientes que cometem pelo menos um erro na técnica inalatória (TI). Alguns estudos detalham os passos mais frequentemente realizados de forma incorreta para cada tipo de dispositivo inalatório. Outros, além de descreverem a prevalência, demonstram que instruções e treinamento sobre o uso dos inaladores melhoram significativamente a técnica. Conclusão: A prevalência do uso incorreto de inaladores é preocupante, sendo que os erros cometidos podem ser corrigidos com intervenções adequadas. Os enfermeiros destacam-se como profissionais de excelência para o ensino e aperfeiçoamento da TI.